Líderes apoiam e incentivam a oração, mas criticam planejamento do evento
Os pastores José Wellington Bezerra da Costa e José Wellington Costa Junior, respectivos líderes da CGADB e CPAD, estabeleceram o dia 2 de fevereiro de 2016 como o Dia de Clamor pelo Brasil.
Os pastores José Wellington Bezerra da Costa e José Wellington Costa Junior, respectivos líderes da CGADB e CPAD, estabeleceram o dia 2 de fevereiro de 2016 como o Dia de Clamor pelo Brasil.
“Todos os assembleianos do país são conclamados a participarem desse grande clamor nacional, cujos alvos são vários e extremamente importantes”, diz o convite. Os propósitos das orações são muitos e vão desde a crise política, econômica, social, moral e espiritual que o país atravessa e inclui também intercessão pelo caos na saúde e na área moral das autoridades públicas e da sociedade em geral.
Foto:Tiago Bertulino
Foto:Tiago Bertulino
Pastor José Wellington Bezerra da Costa e seu filho, o pastor José Wellington Costa Junior, respectivos líderes da CGADB e CPAD, são os proponentes do Dia do Clamor pelo Brasil
Segundo informação dada pelo portal de notícias da instituição, a decisão de agendar para esta data para interceder pelo país foi tomada no final de 2015. A data, que será um dia de terça-feira, claramente levou a muitos pastores questionarem o porquê de não ter sido escolhido um dia onde toda igreja pudesse estar à disposição como, por exemplo, um domingo e não em pleno meio de semana.
QuestionamentosO pastor Carlos Roberto Silva, presidente da Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo (Comadespe), publicou em seu blog Point Rhema o post “Dia de Clamor pelo Brasil – Para que isso?”, onde analisa a real necessidade da proposta da liderança da CGADB e opina sobre alguns pontos. “Creio que muita coisa poderá ser melhorada, como por exemplo, o dia da semana”, diz.

Foto: ReproduçãoPastor Carlos Roberto Silva, presidente da Comadespe, comenta planejamento do evento que convoca assembleianos do país para oração

Foto: ReproduçãoPastor Carlos Roberto Silva, presidente da Comadespe, comenta planejamento do evento que convoca assembleianos do país para oração
O pastor deixa claro que a oração deve ser sempre incentivada nas igrejas do país e que “devemos orar independente dessa convocação, portanto, não é de bom alvitre deixarmos de orar somente por causa dela, ou por conta de quem a convocou”. Silva prevê pouca adesão à convocação e lamenta dizendo que não tem dúvidas que “muitos líderes e crentes em geral não vão dar a menor importância à essa convocação, uns por que não gostam mesmo de orar, outros por não concordarem de quem parte a convocação, e outros por não acreditarem nos objetivos”
Para o pastor Daladier Lima, do blog Reflexões sobre Quase Tudo, além da data não ser uma das melhores escolhas por se tratar de uma terça-feira, ele questiona também o porquê de a CPAD, empresa da convenção, ser uma das proponentes do “Dia do Clamor”. “Não é algo meio fora de contexto?”, pergunta o pastor.Lima entende que quem deveria estabelecer uma data deveria ser, normalmente, o órgão máximo da denominação, a CGADB, em comum acordo com os componentes de sua administração e/ou pastores presidentes nacionais.

Foto: ReproduçãoPastor Daladier Lima comenta sobre o Dia do Clamor pelo Brasil idealizado pela liderança da AD no país
Sobre a escolha da data, o pastor levanta novamente a questão: “Ninguém teve a iniciativa de questionar a terça!?”. O pastor Daladier encerra seu comentário mostrando que no convite da liderança ficaram omissos os problemas eclesiásticos que AD tem vivenciado nos últimos tempos como a “má gestão, desvios doutrinários, desunião, dissimulação, arrogância, soberba, desvios financeiros e por aí vai” e, para ele, este é “o ponto de inflexão para mudar a vida, a história, o País”.
Sem respostaO JM Notícia entrou em contato com a secretaria da CGADB, via e-mail, para saber o esclarecimento a respeito da escolha da data, mas até o momento não houve retorno.
JM Notícias Via: www.PortalValeGospel.com
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